Luiz Orlando

Nasce, no dia 25 de agosto de 1945, na cidade de Salvador (BA). O fio da sua herança e ancestralidade perpassa o avô Teotônio, barbeiro e sindicalista, e a mãe Risoleta, doméstica e merendeira. Foi a partir deste legado que Luiz fincou um tripé como: militante da geração inicial do Movimento Negro Unificado (MNU); intelectual autodidata dotado de uma biblioteca aberta; cineclubista iniciado nas Jornadas de Cinema. A base do seu provimento é como funcionário na UFBA (Universidade Federal da Bahia) e na FUNCEB (Fundação Cultural do Estado da Bahia). Assim, apresenta filmes e livros em uma rara curadoria, o que permitiu o encontro do público com obras de assuntos e autoria negros, por meio de uma atuação educadora voltada à emancipação e à reconstituição dos laços de solidariedade na diáspora negra. Ações que ocorrem até o seu falecimento no dia 04 de agosto de 2006.

Luiz Orlando

Nasce, no dia 25 de agosto de 1945, na cidade de Salvador (BA). O fio da sua herança e ancestralidade perpassa o avô Teotônio, barbeiro e sindicalista, e a mãe Risoleta, doméstica e merendeira. Foi a partir deste legado que Luiz fincou um tripé como: militante da geração inicial do Movimento Negro Unificado (MNU); intelectual autodidata dotado de uma biblioteca aberta; cineclubista iniciado nas Jornadas de Cinema. A base do seu provimento é como funcionário na UFBA (Universidade Federal da Bahia) e na FUNCEB (Fundação Cultural do Estado da Bahia). Assim, apresenta filmes e livros em uma rara curadoria, o que permitiu o encontro do público com obras de assuntos e autoria negros, por meio de uma atuação educadora voltada à emancipação e à reconstituição dos laços de solidariedade na diáspora negra. Ações que ocorrem até o seu falecimento no dia 04 de agosto de 2006.

1892
Teotônio, o filho do carpinteiro

Em Saubara, distrito de Santo Amaro, no dia 18 de fevereiro, nasce Teotônio Amaro da Silva, o filho do carpinteiro.

As Saubaras Invisíveis
Por Jônatas Conceição
A memória é redundante: repete os símbolos para que a cidade comece a existir. (Ítalo Calvino)
Chega-se a Saubara pelo caminho do mar.
A velas, barcas velhas velejam rumo à baía.
Viagem de gentes, trapos, mercadorias,
Odores repelentes que recendem tumbeiros.
Travessia de longínquas noites
(“Aquela viagem era uma eternidade!”)
que ao vento cabia a tarefa de um porto feliz.
Chega-se a Saubara por via de muitos rios.
Do rio para o mangue, do mangue-rio para o mar.
Caminhos do leva-e-traz mercantil.
Ao porto de amaros negócios.
Percurso de antigos navegantes.
Fundadores do eterno dar-se saubarense.
Desbravadores de restos da flora e fauna do lugar.
Chega-se, finalmente, a Saubara pelo primado da fé.
Seus marujos e rezadeiras procuram, há muito,
O caminho da salvação.
Seus filhos e netos, há pouco, descobriram outros
caminhos...
Procuram, pela novidade alheia, desesperadamente,
outra cidade inventar,
Os perseguidores da fé a tudo ver – oram choram
(“São Domingos que é de Gusmão que nos vele”)
as chamas das velas revelam.

GIF: A morte das velas do Recôncavo, Guido Araújo (1974).
Áudio: José Carlos Silva (2017).
1906
Nos arcos da Montanha

Teotônio chega em Salvador aos 14 anos de idade. 

O ofício de ajudante de alfaiate não dá certo, então Teotônio é acolhido por um aguadeiro, residente nos arcos da Ladeira da Montanha.

Com o passar do tempo, o Teotônio aprendiz torna-se um oficial barbeiro na Cidade Baixa.

Audio: José Carlos Silva (2017).
GIF: Um dia na rampa, de Luiz Paulino dos Santos (1960).
1912
Um autodidata na Cidade Alta

Teotônio é um autodidata que lê e discute livros, revistas e  jornais.

Possui uma desenvoltura que o alça a serviços em barbearias da elite na Cidade Alta, como, por exemplo, no Relógio de São Pedro.

 
Reside em uma pensão, e lá conhece jovens com atuação política, entre eles,  Francisco da Conceição Menezes, à época, tipógrafo.

GIF: Brasil Pitoresco. Cornélio Pires (1925).
Áudio da entrevista: José Carlos da Silva (2017).
1918
Risoleta, a primogênita

Em 17 de setembro, nasce Risoleta da Silva, filha de Teotônio e Maria Galdina Pereira.

Órfã de mãe aos 4 anos de idade, Risoleta é levada, no dia 17 de maio de 1925, para o Asilo dos Expostos da Santa Casa da Misericórdia da Bahia. Ela chega em bom estado de saúde, portando um vestido de chita e um sapato de camurça branco.

GIF: A Grande Feira, Roberto Pires (1962).
Áudio da entrevista: Sandra Silva (2017).
1929
Reencontro com o amor

Nasce, no dia 24 de julho, o segundo filho de Teotônio, José Carlos da Silva, fruto da união com Guilhermina Costa da Silva, a Roxinha.

A família reside no Beco do Mingau, situado no bairro 2 de Julho, e Teotônio abdica da carreira no magistério para abrir uma barbearia na Avenida Sete.

GIF: Barravento, Glauber Rocha e Luiz Paulino (1961).
Áudio da entrevista: José Carlos da Silva (2017).
1932
O sindicalista

No dia 29 de novembro, Teotônio está entre os fundadores do Sindicato dos Barbeiros, Cabeleireiros e Similares de Salvador.

Também funda a União Sindical da Bahia, composta por categorias de baixo prestígio, como, por exemplo, carroceiros e estivadores.

O grupo integra os representantes classistas nos parlamentos estadual e federal e a gestão de institutos de previdência advindos da Constituição de 1934.

GIF: Fotografia de Teotônio/Jubiabá, Nelson Pereira dos Santos (1984)
Áudio: José Carlos da Silva (2017).
1935
Livre, mas nem tanto

Risoleta sai do orfanato, no dia 09 de abril, mediante a tutoria, para trabalhar como doceira e doméstica.

José Carlos tem o hábito de fazer discursos em reuniões na sua casa, e estuda no Ginásio da Bahia, então dirigido por Francisco da Conceição Menezes.

GIF: Imagem: Roda dos Expostos, Santa Casa da Misericórdia da Bahia./Brasil Piroresco, Cornélio Pires (1925)
Áudio: José Carlos da Silva;  Sandra Silva (2017).
1937
Gente do samba e das letras

É o ano do II Congresso Afro-Brasileiro, realizado em Salvador.

Nesta década, Teotônio escreve o livro Braz, o filho do carpinteiro, inspirado na  própria vida.

Também finaliza Gente do samba, uma obra sobre as manifestações de Saubara, tais como marujadas, ternos de reis e as caretas do mingau, no 2 de Julho.

Teotônio frequenta terreiros de Candomblé no Rio Vermelho e na Calçada; e circula com Oswaldo Dias da Costa, Edison Carneiro e Aydano Couto Ferraz.

GIF Tenda dos Milagres, Nelson Pereira dos Santos (1986)
Áudio: José Carlos da Silva (2017).
1937
Uma nova velha ditadura

A ditadura do Estado Novo desestrutura a luta sindical.

Prisões, tortura e cooptação nos institutos de previdências.

Também é o fim da eleição para deputados classistas, o que põe fim às pretensões de Teotônio.

GIF: Bahia de Todos os Santos, Trigueirinho Neto (1961)
Áudio: José Carlos da Silva (2017).
1938
A derrocada do mais simpático

É o ano do último dos setes títulos de campeão baiano conquistado pelo Botafogo Sport Clube, “O mais simpático” ou “Diabo rubro”.

Teotônio integra os quadros deste clube fundado por oficiais do corpo de bombeiros, e que duelava, no gosto popular e nos títulos, com o Ypiranga, entre os anos 1920 e 1930.

GIF: O Anjo Negro, José Humberto Dias  (1974)
Áudio: José Carlos da Silva (2017).
1944
A morte de um intelectual militante

No dia 02 de dezembro, após anos deprimido, Teotônio falece em decorrência de problemas cardíacos.

Deixa como pedido que o filho e a esposa sigam para o Rio de Janeiro, a fim de que não caíssem na miséria.

Na capital federal, antes de se firmarem, uma enxurrada destrói um caixote com o acervo de livros, fotografias e documentos.

Resistem um relógio alemão e uma estátua de sereia.

 Já José Carlos inicia vida profissional com apoio de Oswaldo Dias da Costa.

GIF: A Grande Cidade, Cacá Diegues (1966)
Áudio: José Carlos da Silva (2017).
1945
Nasce Luiz Orlando

No dia 25 agosto, Luiz Orlando nasce no Beco do Pedroso, no Largo 2 de Julho.

A irmã Sandra chega dois anos depois, em 1947, e acompanha o tratamento da poliomielite de Luiz.

Mudam-se os três para um sobrado da mãe de Roxinha, na rua Ruy Barbosa, no Centro.

Os filhos são frutos do relacionamento de Risoleta com o funcionário público e sindicalista Antônio Belmiro dos Santos.

GIF: Mãe Solo, Camila de Moraes (2021)
Áudio: Sandra Silva (2017).
1950
No vale do ijexá

Risoleta casa-se com o comerciário Venceslau Guimarães Lima; com eletem os filhos Vicente e Raimundo.

 
A família reside na Língua de Vaca (Avenida Centenário), no Garcia, comunidade do extinto ijexá fundado por Tia Júlia Bugan (1883-1929).
 

Nesse tempo Luiz contraria a poliomielite e inicia o primário na Escola Mariana, no São Bento.

GIF: Imagem: Risoleta e os quatro filhos em frente à igreja do Bonfim.
Áudio: Sandra Silva (2017).
1954
O autodidata do Unhão

A família reside no andar de um sobrado localizado na Ladeira do Gabriel, no alto do Solar do Unhão, no 2 de Julho.

Aos 11 anos de idade, Luiz trabalha como aprendiz de ourives; ele abandona a escola antes de concluir o 1º grau, mas sua sede pela leitura nunca é saciada. 

GIF: Doido Lelé, Ceci Alves (2009);  Rebento, Vinicius Eliziário (2019)
Áudio: Sandra Silva (2017).
1963
Peregrinação ao Monte Belém

Reformas, expulsões e especulação imobiliária no centro da cidade deslocam a família para o Ponto da Mangueira, na Avenida Vasco da Gama, e depois para o Monte Belém: uma encruzilhada do Engenho Velho de Brotas com a Vasco da Gama, o Garcia, o Ferreira Santos e o Dique do Tororó.

Desde os 14 anos de idade, Luiz ajuda a casa com o ordenado de seu emprego como ajudante na Secretaria Estadual de Agricultura.

GIF: Sol sobre a Lama, Alex Vianny (1964)
Áudio: Raimundo Lima Silva (2017).
1968
Batista, o subversivo

Luiz utiliza o codinome Batista nas ações clandestinas da Ação Popular (AP), no auge repressivo da ditadura militar.

O seu conhecimento literário é notório. Ademais, ele preza pela articulação de pessoas negras, ao lado de Roberto Santos (codinome João Luís):

"...eles foram responsáveis pelos primeiros toques, as primeiras alusões à luta contra o racismo... Com eles estabeleci os primeiros contatos cuja ligação se fazia pela consciência do pertencimento compartilhado, uma coisa completamente nova, que não existia no grupo de estudos da AP também. Estar entre negros, conviver, compartilhar é uma coisa, foi assim toda minha vida. Outra coisa é a consciência de um percurso singular, de uma realidade adversa e da necessidade de lutar contra isso. O processo iniciado nesse momento levaria mais de uma década para se completar."
CARDOSO, Edson. L. Memória de Movimento Negro: Um testemunho sobre a formação do homem e do ativista contra o racismo. SP: Tese de doutorado. Fac. Educação, USP, 2014.

Áudio: Conceição Miranda (2018).
1974
Pedagogia interétnica

Luiz circunda o Núcleo Cultural Afro-Brasileiro (NCAB) no Instituto Cultural
Brasil-Alemanha (ICBA).

O NCAB formula a Pedagogia Interétnica sob liderança de Manuel de Almeida Cruz.

No mesmo ano, o bloco Apaches do Tororó se depara com dura reprimenda da polícia no carnaval e entra em declínio.

O Apaches foi fundado em 1968 e era dirigido por Maria Constança, esposa do pai biológico e ausente de Luiz.

GIF: Carnaval da Bahia 1974, Una Liulktus
Áudio: Raimundo Bujão (2021).

1975
"Que bloco é esse?"

O Ilê Aiyê desfila pela primeira vez na avenida do carnaval.

Um marco na denúncia ao racismo, da auto-organização e autoestima da população negra.

No final desta década, Luiz Orlando fomenta a exibição de filmes nas atividades do bloco.

GIF: Eclats Noirs du Samba, Ariel de Bigault (1987)
1978
Um militante nas Jornadas

Luiz está no Clube de Cinema da Bahia, sediado no ICBA, e é responsável pela realização das Jornadas de Cinema.

Inicialmente, trabalha como bilheteiro, em seguida projeta e organiza o armazenamento e a distribuição dos filmes.

As Jornadas recebem obras filmadas na África, como em ebulição e premia Alma no Olho (1977), de Zózimo Bulbul.

Luiz também integra o Nego, a célula local do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNU-CDR).

GIF: I Festival de Artes Negras Dakar, Willian Graves (1966) Alma no Olho, Zózimo Bulbul (1977)
Áudios: Ana Célia Silva (2017); Cláudio Luiz Pereira (2017).
1979
A escolha do dia 20

O MNU-CDR realiza a II Assembleia em Salvador, e, sob perseguição dos militares, encontra guarita somente no pátio do Goethe-ICBA.

A iniciativa de Oliveira Silveira se consolida, e o 20 de novembro é escolhido como o Dia da Consciência Negra.

 
No mesmo ano, Luiz deixa a casa da mãe e passa a dividir moradia no Rio Vermelho.
1981
Da Liberdade à Serra da Barriga

Luiz propõe e executa as oficinas de projeção na FUNCEB, nos bairros de Alagados, Liberdade, Cabula e Nordeste de Amaralina.

No dia 20 de novembro, ele está presente nas manifestações na Serra da Barriga, em Alagoas.

A delegação baiana quebra os protocolos em 12 ônibus com batuques dos blocos afro Malê de Balê, Badauê, Os Negões e Ilê Aiyê.

GIF: Serra da Barriga_IPEAFRO; Oficina Prodasec, Ieda Marques (1982);Revista Istoé, 2/11/1981
Áudios: Isabel Gouveia (2018);
Carlos Velame (2019).
1982
A onda cineclubista

O relatório da FUNCEB identifica mais de 50 cineclubes ou pontos de exibição, com 88 mil presentes.

É a primeira vez que Luiz leva uma delegação deste "cineclube periférico" para as Jornadas do Conselho Nacional de Cineclubes, em Piracicaba (SP).

GIF: Jornal da Jornada, fotos de Oldemar Vitor (1982); PRODASEC Euremberg Figueiredo (1982).
Áudios: Makota Valdina e Queinho Pangoleiro. (2017)
Raimundo Bujão, 202
1983
Equilíbrio de mente, corpo e bolso

Luiz é aprovado em um exame de proficiência, o que o habilita a ser funcionário efetivo da UFBA.

É pioneiro na divulgação da filosofia rastafári na Bahia com a Legião Rastafári.

GIF: Certificado de proficiência do Ministério da Educação; Jornada de Piracicaba, 1982; Foto 3x4 passaporte; Atividade do MNU, por Lázaro Roberto; Bar do Reggae, por Lázaro Roberto.
Áudio: Mestre Cobra Mansa (2019).
1984
Os federados

É fundada a Federação Baiana de Cineclubes com Luiz na presidência.

No mesmo ano, ele é condecorado sócio benemérito do Afoxé Olorum Babá Mi.

Sandra, sua irmã,  conclui o curso superior em Letras na Universidade Católica do Salvador (UCSAL).

GIF: Documentos da Federação Baiana de Cineclubes; Certificado do Afoxé Olorum Babá Mi, 1984.
Áudio: Paulo James (2017). 
1985
Feios, Sujos e Malvados

Luiz viaja para Cuba para o Encontro Internacional de Cineclubes e influencia o Olodum.

O seu grupo, os Feios Sujos e Malvados, assume o Conselho Nacional de Cineclubes (CNC) com Jaime Sodré na vice-presidência.

GIF: Fanzine O último dos Telões; Fotografia dos Feios Sujos e Malvados nos encontros do CNC. 
Áudios: João Batista Félix, 2017
Lazinho do Olodum, 2021.
1988
A farsa desmascarada

No centenário de revisão da abolição, Luiz deixa marcas profundas com sua assessoria ao premiado Raça, documentário de Nilson Araújo.

Os membros da Federação Baiana de Cineclubes compõem o  júri popular na Jornada.

Ôrí, de Beatriz Nascimento, tem estreia nacional em Salvador com cobertura do jornal Nêgo.

GIF: Fotografia de Lázaro Roberto, 1988; Capa Tribuna da Bahia, 14 de maio de 1988; Doc. Raça, Nilson Araújo (1988).

1989
O fim de um ciclo

O desmonte da Embrafilme inviabiliza uma reconfiguração tecnológica e social do cinema nacional.

O cineclubismo é um dos setores mais afetados, assim, a Federação Baiana e o CNC sucumbem.

GIF: Cartaz da Jornada de Piracicaba, 1982; Reportagem de Maria do Rosário para o Correio Braziliense 25/07/1986; Opção Cultural: suplemento para a XX Jornada Nacional de Cineclubes, 1986; Recibo da Dinafilmes; Cartaz Circuito de Cinema nos Bairros, 1989; Cartaz pré Jornada em Juazeiro/BA, 1987; Fotografia Carlos Velame, 1982.

Áudio: Paulo James (2017).

1991
Quilombos de autocuidado no Engenho Velho

Nos apartamentos do Engenho Velho, Luiz acolhe amigos e amores, entre eles, Cristina Pechine, com uma vastidão de livros, filmes, revistas, cartazes…

Nesses tempos, inicia o tratamento de prótese dentária com a amiga Teresa.

1994
A videoteca popular

Inauguração na Casa do Benin da videoteca da Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP) a qual Luiz é o representante regional.


Gif: ZAP-Boletim da ABVP; Fotografias, Miro Queiroz

1995
Sempre em marcha

Luiz está na Marcha Zumbi, um marco na luta por políticas públicas à população negra.

A sua contribuição é alvo de homenagem da UNEGRO-BA.

Faz um workshop com Joelzito Araújo sobre a TV negra nos EUA.


GIF: Marcha Zumbi dos Palmares, por Edna Cristina (1995)
1996
Um reggae abortado

 

Luiz Orlando e Antônio Olavo assumem o projeto de direção do documentário Bob Marley: um coração rastafári na Bahia.

A produtora Portfolium lançam uma campanha com shows solicitações de financiamento público e privado.

Mas ao final os recursos não vieram.


GIF: Acervo da Produtora Portfolium

1997
Esquinas e bancos dos mártires de Búzios

O vídeo se mistura com as galerias de arte, e  Luiz integra o Núcleo de Vídeo da Bahia, responsável por duas edições do Awòran (1995 e 1996).

Depois ele integra o Festival de Imagem em Movimento (1997).

Mas as suas principais redes estão nas ruas, como na Praça da Piedade onde conhece a sua paixão Nilzete na barraca de água de coco da mãe dela.

Já a Jornada de Cinema destaca Os olhos Azuis de Yonta, Flora Gomes (1992).

GIF: Folder do Aworan (1995);  Troca de Cabeças, Sérgio Machado (1991); Jornal A Tarde Postal do Festival de Imagem em Movimento
Áudio: Nilzete dos Santos.
2000
Um Capoeira

Luiz torna-se um capoeira sem entrar na roda.

E, assim, roda o mundo divulgando os angoleiros e os filmes ao som do berimbau.

Também é distribuidor de obras como o Atlântico Negro - na rota dos Orixás.

GIF: Atlântico negro, Barbieri (1998); Fotos com o GECAP no EUA; Isabel Green; Cartão com Cobrinha.
Áudios: Cobra Mansa (2019);  Isabel Green (2020).
Em breve...

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